DEMORA

28 março 2008

Li em uma revista sobre uma família em viagem. As crianças, impacientes, perguntavam a toda hora se já estavam chegando. "Não, não estamos. Ainda vai demorar" respondia a mãe. Cansada de ficar dizendo a mesma coisa, a mãe disse que deveriam ficar tranquilas, pois só chegariam quando começasse a escurecer.


Não demorou, e as crianças começaram a perguntar: "Mãe, demora muito para escurecer?"


Os cristãos que recebem a segunda carta de Pedro foram alertados sobre alguns que viviam entre eles e zombavam da promessa sobre a vinda do Senhor. Achavam que já havia passado muito tempo e o Senhor havia esquecido de voltar. Duvidaram do que o Senhor havia prometido e achavam que não valia a pena aguardá-lo. Quando relaxamos em observar o que a Bíblia diz, corremos o risco de afrouxar os valores da fé e cair no problema da incredulidade. Nada mais terrível do que dúvidar das promessas de Deus.


Temos a nossa própria maneira de contar o tempo. Estimamos a extensão da vida em função daquilo que vive a nossa geração. Alguns planejam a vida, por média, em torno dos 80 anos. Não conseguem pensar nada além ou aquém. Esquece que a maneira como Deus trata a questão do tempo é diferente da nossa. Deus é atemporal. Não fica novo nem mais velho. É o mesmo, sempre. Diante dele, o passado está presente, assim como o futuro. Por isso, Deus é Deus, e não como um de nós.


Enquanto o apóstolo Paulo costumava pensar na vinda de Cristo como algo a curto prazo, até mesmo para os dias em que estava vivo, alguns projetam a volta do Senhor em termos de milhares ou milhões de anos. Mero devaneio, porque niguém sabe quando o Senhor voltará. Mas, que vem, vem! Não descuide de sua vida espiritual. Lembre-se que, enquanto Cisto não vem, nós é que vamos, e certamente o encontramos.


Duvidar das promessas de Deus é uma forma de chamá-lo de mentiroso.


Não se tornem negligentes, mas imitem aqueles que, por meio da fé e da paciência, recebem a herança prometida (Hb 6.12)


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