O TRIPÉ

Quantos pés precisa ter um banquinho para não cair e nem balançar? São três, já reparou? Só com dois tomba. Com quatro, às vezes fica balançando entre um pé e o oposto.
Dois é pouco, três é bom, quatro pode ser demais. Na leitura de hoje, Paulo nos mostra algo parecido: indica três "pés" para uma vida espiritual plena e adverte contra um quarto, que não combina com esses três e nos faz balançar.
Primeiro, diz ele, precisamos ter o coração firmado pela fé na graça de Deus. Na verdade, ao contrário do banquinho, só isso já nos mantem em pé e por isso é indispensável. Todo o valor da nossa vida depende do Criador e é com Ele que precisamos contar - à maneira dele, claro, ou seja, por meio de Cristo. Os dois outros "pés" são recursos que Deus usa para nos manter em equilíbrio. Quando deixamos dominar em nós, ele nos enche com seu amor, que nos capacita à únião com outros cristãos. Isso é necessário tanto para nos deixar ainda mais fortes como para corrigir nossa posição. Quem está firme em Cristo não desmorona, mas pode ficar um tanto fora de prumo se não se apoiar em outros que têm o mesmo fudamento. Perde o rumo e acaba imperfeito.
O terceiro "pé" é o entendimento. Note bem: não grandes conhecimentos, mas entender justamente os dois outros pés: conhecer Cristo que nos sustenta e saber como o amor de Deus pode reger nossa vida. Por isso, quando Paulo fala em conhecimento, refere-se apenas a Cristo. Outros conhecimentos, tradições, filosofias ou a experiência de vida podem ser bons e úteis, mas tornam-se perigosos quando tentam competir com Cristo. Aí forma um quarto "pé", mal ajustado, que só faz o todo balançar - você acaba não sabendo mais onde pisa.
Confie na graça de Deus, receba e transmita o seu amor e aprenda com ele. Não há riqueza melhor.

Riqueza é ter Jesus, compartilhá-lo com os outros e conhecê-lo cada vez mais.

Não se deixe levar pelos diversos ensinamentos estranhos. É bom que o nosso coração seja fortalecido pela graça (Hb 13.9)